Nada substitui o livro impresso


A minha memória mais antiga vagueia entre meu quarto ou quinto aniversário, quando acordei com cheiro e sabor de chocolate e sobre o meu travesseiro estava um LIVRO. Meu primeiro livro! Falava de fábulas russas, muito belamente ilustrado o que evocava minha fantasia. Minha mãe lia e lia, eu nunca queria que ela parasse de ler, mas o tempo   passa rapidamente e, eu deveria começar a aprender a ler, até porque minha mãe dera à luz a várias crianças e não mais tinha tempo somente para as minhas necessidades.

Durante minha infância passei muitas horas com o livro. Quando eu lia, eu não mais percebia as redondezas. Acontecimentos descritos substituíram a vida. Minha fantasia cresceu, os contos me ensinaram como agir para atingir objetivos, como vencer concursos, como não desistir. No conto havia sabedoria, (ao mesmo tempo um pouco de astúcia), muitas ideias boas e engenhosas. Encontrei exemplos, de como me conduzir, se eu desejasse ter sucesso na vida. No conto havia muitas instruções. Eu fui paciente com os livros. Era tempo de descortinar novas aventuras, por esta razão eu entrei na vida mais preparada.

Durante minha juventude aprendi a fundo todas as descrições de vida dos artistas, escritores e personalidades.

Através do livro eu aprendi a fundo todas as línguas conhecidas. Os livros didáticos me lembraram do dever – quanto mais línguas eu conhecesse, mais poderia compreender outro mundo. Eu nunca me entediei com o livro.

Como eu me sinto com relação aos meus primeiros netos, eles não têm tempo para ler! Na vida deles vieram os computadores que os instigam a brincar, os excitam durante o jogo. A fantasia não é mais desejada, tudo é bem preparado e as crianças apenas consomem. Se eles quisessem que alguém contasse a eles contos, escutariam gravações sonoras, ninguém na família leria fábulas antes de dormir. A leitura lenta dificultou a aprendizagem. Pobre geração perdida! Eu não sei, o que contarão aos seus descendentes.

A geração atual de pequenos netos recomeça a gostar de livros impressos. Para eles, o livro tem valor como para nós – desejado amigo de viagem. Para os pais uma nova super tarefa se levanta: escolher BOA LEITURA. Nem todo conto, nem todo livro tem valor, devemos nos atentar para de que forma usaremos o livro para enriquecer a linguagem de nossos queridos descendentes.

O livro me acompanha desde sempre. Há tantos belos acontecimentos no livro! Eu poderia viver sem um livro? Nunca. E você?  Você tem o mesmo sentimento?

Autor: Jarka Malá - República Tcheca

Fonte: http://esperantaretradio.blogspot.com - 23-11-2018

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