Três quartos dos solos no mundo danificados

Os danos nos solos atingem níveis alarmantes em escala mundial. De acordo com a publicação de 21 de junho sobre desertificação no atlas Mundial do Centro Comum de Pesquisa da União Europeia, 75% dos melhores solos do mundo, principalmente os da África e da Ásia. A Europa não foi poupada.

Devido ao crescimento demográfico e às maneiras de consumo ocidentalizado, a pressão sobre os solos não para de crescer. De acordo com o atlas Mundial sobre desertificação, 75% dos solos sobre os mares já estão danificados. No ritmo atual, esta quantidade poderá atingir 90% em 2050.

É na África e na Ásia que os danos aos solos progridem mais rapidamente. De acordo com o Centro Comum de Pesquisa, a situação poderá causar o deslocamento de 700 milhões de pessoas em 30 anos, devido à pobreza dos solos.

13 países europeus são afetados pela desertificação.

A Europa não é poupada desse fenômeno. Bulgária, Croácia, Chipre, Grécia, Hungria, Itália, Letônia, Malta, Portugal, Romênia, Eslováquia e Espanha já estão enfrentando a desertificação, com uma área igual a 8% do continente.

Segundo a Comissão Europeia, ‘a danificação dos solos e a mudança climática poderiam causar uma perda de aproximadamente 10% da produtividade na agrocultura, de agora até 2050’. A proporção calculada em escala mundial, mas que esconde fortes diferenças entre regiões aponta que a diminuição das quantidades produzidas poderá atingir 50% na Índia, China e na África subsaariana, com uma perspectiva de consequências geopolíticas amedrontadoras.

Nota: Este artigo apareceu pela primeira vez no jornal francês ‘Journal de l’environnement’.

Dinah MacKenzie
França


Fonte: http://esperantaretradio.blogspot.com

Nada substitui o livro impresso


A minha memória mais antiga vagueia entre meu quarto ou quinto aniversário, quando acordei com cheiro e sabor de chocolate e sobre o meu travesseiro estava um LIVRO. Meu primeiro livro! Falava de fábulas russas, muito belamente ilustrado o que evocava minha fantasia. Minha mãe lia e lia, eu nunca queria que ela parasse de ler, mas o tempo   passa rapidamente e, eu deveria começar a aprender a ler, até porque minha mãe dera à luz a várias crianças e não mais tinha tempo somente para as minhas necessidades.

Durante minha infância passei muitas horas com o livro. Quando eu lia, eu não mais percebia as redondezas. Acontecimentos descritos substituíram a vida. Minha fantasia cresceu, os contos me ensinaram como agir para atingir objetivos, como vencer concursos, como não desistir. No conto havia sabedoria, (ao mesmo tempo um pouco de astúcia), muitas ideias boas e engenhosas. Encontrei exemplos, de como me conduzir, se eu desejasse ter sucesso na vida. No conto havia muitas instruções. Eu fui paciente com os livros. Era tempo de descortinar novas aventuras, por esta razão eu entrei na vida mais preparada.

Durante minha juventude aprendi a fundo todas as descrições de vida dos artistas, escritores e personalidades.

Através do livro eu aprendi a fundo todas as línguas conhecidas. Os livros didáticos me lembraram do dever – quanto mais línguas eu conhecesse, mais poderia compreender outro mundo. Eu nunca me entediei com o livro.

Como eu me sinto com relação aos meus primeiros netos, eles não têm tempo para ler! Na vida deles vieram os computadores que os instigam a brincar, os excitam durante o jogo. A fantasia não é mais desejada, tudo é bem preparado e as crianças apenas consomem. Se eles quisessem que alguém contasse a eles contos, escutariam gravações sonoras, ninguém na família leria fábulas antes de dormir. A leitura lenta dificultou a aprendizagem. Pobre geração perdida! Eu não sei, o que contarão aos seus descendentes.

A geração atual de pequenos netos recomeça a gostar de livros impressos. Para eles, o livro tem valor como para nós – desejado amigo de viagem. Para os pais uma nova super tarefa se levanta: escolher BOA LEITURA. Nem todo conto, nem todo livro tem valor, devemos nos atentar para de que forma usaremos o livro para enriquecer a linguagem de nossos queridos descendentes.

O livro me acompanha desde sempre. Há tantos belos acontecimentos no livro! Eu poderia viver sem um livro? Nunca. E você?  Você tem o mesmo sentimento?

Autor: Jarka Malá - República Tcheca

Fonte: http://esperantaretradio.blogspot.com - 23-11-2018

Crianças felizes se tornam adultos saudáveis


A infância feliz favorece a saúde do adulto. Pessoas que gostam de relembrar do seu tempo de infância feliz, consequentemente tendem a ser muito menos deprimidas do que outras pessoas. Isto se mantém com o passar do tempo.

Costuma-se dizer que o mais belo presente dos pais é uma infância feliz. Evidente que este pronunciamento de teor poético tem um fundo médico.  Psicólogos americanos descobriram que adultos lucram em seu bem-estar da infância.

De acordo com isso pessoas que gostam de relembrar sobre sua infância e suas mães tendem menos à depressão e as doenças crônicas do que outras pessoas. De acordo com a opinião dos pesquisadores os pensamentos positivos podem ajudar a melhor gerenciar o estresse e a tomar boas decisões.

Já pesquisas anteriores demonstraram que belas lembranças podem ter efeitos benéficos para o bem-estar. Jovens adultos com infância feliz de acordo com isto estavam mais contentes com seu trabalho e com suas relações sociais e menos frequentemente consumiam drogas.

Com a ajuda de estudo atual os cientistas querem descobrir se isto diz respeito também aos adultos mais velhos. Além disso, os cientistas em explorações anteriores se concentraram na influência da mãe. Que papel as reminiscências desempenham com relação aos pais, isto não é conhecido.

Para o estudo os psicólogos ajuizadamente analisaram dados de mais de 22.000 americanos com mais de 45 anos. Todas as pessoas testadas foram acompanhadas durante o transcorrer de muitos anos. Os pesquisadores esperavam que reminiscências positivas da infância com o passar do tempo perdessem o significado. Mas este não foi o caso: “Estas memórias aceleraram também na meia idade e, em idades mais avançadas, uma melhora no corpo e no bem-estar mental”, diz o principal autor do estudo. Isto foi validado quanto mais fortemente as pessoas testadas sentiram sua relação com a mãe.

O papel dos pais, por outro lado não foi tão importante. A causa para isto é talvez que durante a infância das pessoas testadas principalmente as mães cuidavam da prole. Uma vez que cada vez mais homens cuidam de seus filhos, também a lembrança do pai talvez seja mais importante no futuro.

Fonte: http://esperantaretradio.blogspot.com - 15-11-2018

Após 90 segundos já chega ajuda


O que fazer se o resgate está preso no tráfego? Ajudantes voluntários em Israel mostram como o problema é resolvido. Eles se apressam através de motocicletas ao local do acidente – e poupam através disto minutos necessários à vida.

Na cidade e na redondeza de Tel-Aviv ou Jerusalém congestionamentos e caos do tráfego são diários. No denso tráfego da rua as ambulâncias apenas atingem seu objetivo. Desta forma a ajuda chega somente com procrastinação.

“Homens morrem porque o resgate não avança no engarrafamento e o médico de intervenção chega muito tarde”, esclarece Eli Beer que no ano de 2006 iniciou a fundação da organização “Socorro Unido” como acréscimo ao sistema de salvamento do estado. A ideia foi estabilizar todo o sistema do país, de forma que os primeiros socorristas executem as intervenções para manter vidas com alto nível de resposta, até que o resgate chegue.

No começo as associações oficiais recusaram-se a comunicar aos novos socorristas o recebimento de chamado de socorro. Era ilegal escutar o rádio da polícia.

Enquanto isso os “Socorristas Unidos” que são um consórcio do sistema de saúde, recebem cerca de mil chamados, diariamente, no centro de socorro que envia 5 mil primeiros socorristas com a ajuda de celulares para o local do acidente. Aqueles socorristas que estão mais próximos, são localizados através do GPS, são informados e podem então através de aplicativo aceitar ou recusar a intervenção – pois a maioria dos socorristas agem por honra do ofício e têm suas profissões.

Enquanto a rede de socorristas em toda Israel representa a base, a organização de apoio é vista de fora principalmente pelo grande número de motocicletas. “A ideia é que os resgates não salvam vidas, quem faz isso são os homens” esclarece o socorrista que é o interlocutor internacional da organização. “Então, trata-se de levar as pessoas o mais rápido possível ao local do acidente.”

Através das motocicletas o tempo de chegada até o local da intervenção é drasticamente reduzido. Nas regiões em volta das grandes cidades Jerusalém, Tel-Aviv, Haifa e, Eilat os socorristas necessitam apenas de 90 segundos para chegarem ao local do acidente. Em regiões fora de Israel esta média é de apenas três minutos.

A organização de ajuda funciona também nas regiões palestinas. Colaboram também árabes israelenses. A organização é financiada exclusivamente por doações. Portanto, o serviço é gratuito. Somente os transportes através dos 40 veículos de resgate aos hospitais são pagos. O esforço parece render. Desde a existência da organização reduziu-se em 50% o número de mortes devido a acidentes circulatórios.

Fonte: http://esperantaretradio.blogspot.com - 08-11-2018

Água de lixo repurificada contra a falta de água


Quentura, secura, cisternas vazias. Em muitos países a água escasseia e a população mundial cresce. Os reservatórios de água doce diminuem. O pequeno país Jordânia sente hoje a ameaça do futuro. Talvez do mesmo modo que em locais de experimento onde atuam juntos todos os fatores que fazem escassear a água potável.

Porém é possível fazer algo contra, como querem provar os cientistas de Lepsiko da Alemanha, na Jordânia. Que a cisterna de água potável permanece vazia é algo normal. Toda casa é abastecida de água somente uma vez por semana. A água é bombeada na cisterna por sobre telhado da casa. Isto é suficiente por uma semana. Com essa quantidade as pessoas cozinham, tomam banho, se lavam, limpam banheiros, regam o jardim.

São 120 metros cúbicos de água disponível para uma pessoa na Jordânia, por ano. O mínimo internacional, contudo, deveria ser de 500 metros cúbicos. Por outro lado, durante os últimos 20 anos dobrou-se a população na Jordânia e isto pede nova estratégia para resolver o problema da água potável. A solução encontra-se no uso de água suja repurificada. Esta água serve para a irrigação na agricultura. Porém atualmente no mundo se irriga muitos campos com água potável – 70 por cento de água consumida na terra não chega nas bocas das pessoas, porém abastece o campo. Ao mesmo tempo, de acordo com as Nações Unidas em nível mundial 80 por cento da água não pura, escoa sem repurificação. 4,5 bilhões de pessoas não dispõem de banheiros higiênicos.

Construir sistema de canais para a Jordânia para conduzir água para as instalações centrais de purificação seria muito caro e não financiável. Porém por outro lado os pobres não podem pagar os custos do bombeamento de suas cisternas de água suja, uma vez por semana. Então muitos camponeses ‘se esquecem’ de construir   cisternas adequadas e desta maneira sujam a água. Necessário então é construir em cada vila uma pequena instalação de purificação de água. Os exploradores alemães então começaram a desenvolver tecnologia de purificação da água suja com drásticas ambições redutoras. A instalação necessita um mínimo de espaço, de energia e de cuidado. Eles desenvolveram um sistema muito eficaz de ventilação para que as bactérias realizem mais rapidamente o trabalho de purificação. A água purificada é usada para o jardim.

Já construíram as primeiras 60 instalações pilotos para locais de administração que comportam até 2500 casas.  Exemplo de uma boa eficiência desta instalação encontra-se em Fuheis que é uma vila próxima à capital Amman. Por meio da água suja purificada irmãs católicas de casa de idoso, irrigam suas oliveiras ao lada da casa. “As árvores dão tantas azeitonas que podemos vender o óleo de oliva excedente para os restaurantes da redondeza”, conta a irmã. “Para a próxima colheita nós já temos pedidos.”

Fotos por satélite fornecem às autoridades na Jordânia os dados necessários para encontrarem onde a necessidade de construção de instalações de purificações é maior. Até o ano de 2025 o estado quer atingir 80 por cento de todas os locais de administrações de sistema de purificação de água. Isto realmente é um plano audacioso, porém não há outra alternativa.

Fonte: http://esperantaretradio.blogspot.com - 01-11-2018

Na escola sem smartphone – sim, isto funciona


Desde setembro 2018 na França o uso de smartphones e de outros celulares não são permitidos. E isto funciona admiravelmente bem. Os alunos brincam mais, novamente e, estão mais sociáveis e mais concentrados.

Após anos de silêncio novamente reina voz alta no pátio da escola superior Paul Langevin do sul da França. No dia em que se começou a validar o não uso de smartphones os alunos novamente começaram a correr pelo pátio, brincar de pega-pega, e a se comunicar em voz alta.  Neste meio tempo, relata o diretor da escola, admirado, os estudantes até jogavam cartas, novamente. Isto não víamos há anos. A escola secundária localiza-se em Carros, 20 quilômetros ao sul de Nice.

O culto Ministro, em Paris decretou a proibição de smartphones em toda França. Ele pretendia que os adolescentes novamente brincassem juntos durante os recreios e que se atacassem menos nas redes sociais. “É muito mais pacífico hoje”, diz o diretor da escola. Antigamente quaisquer alunos insultavam outros alunos durante os recreios e voltavam aflitos e ofendendo os cursos.”

De acordo com o diretor também os professores aproveitaram a proibição. “Anteriormente os jovens sem movimento permaneciam em seus jogos de smartphones – na classe eles posteriormente estavam nervosos e não concentrados.” Por conta da proibição também diminui a pressão às famílias mais pobres para gastar dinheiro com um smartphone mais novo ou um o jogo de mais sucesso.

A nova lei agora é simplesmente cumprida – e ela mudou o dia a dia dos alunos. A escola preenche o dia de muitos mais alunos. O ensino termina geralmente às 16h30, muitos deles frequentam também “jardins” onde pedagogos cuidam deles durante o jogo ou os ajudam nas tarefas de casa. Inicialmente temeu-se que os professores pela manhã devessem coletar centenas de smartphones, porém isto não foi necessário. A grande maioria das escolas decidiu praticar um processo mais simples: Os alunos, eles mesmos devem desligar seus telefones e devem desta maneira colocá-los de lado de modo que não sejam mais visíveis. Até o fim da aula não têm o direito de tê-los a mão. Após o último sinal, recomeça para os alunos o uso do smartphone.  Na saída da escola quase todos dentre eles tiram o smartphone do bolso para escreverem a próxima mensagem.

Os 800 alunos da escola superior até agora respeitam a proibição. Eles também não escondem o smartphone nos banheiros para fazer uso dele. Cinco semanas após o começo do ano letivo o diretor confiscou somente 4 telefones porque eles estavam tocando durante a aula. Eram sobretudo mães ou pais que queriam chamar seus filhos. “Os pais opinam que as crianças se encontram em perigo porque elas não estão permanentemente acessíveis. Isto compreensivelmente não faz sentido”, diz o diretor. Os pais podem contatar a secretaria e os alunos podem se dirigir aos professores se precisarem telefonar com urgência para casa.”

O pátio cinza da escola brevemente receberá mais verde. Serão instalados locais de esportes e bolas serão disponibilizadas.  Desta maneira os recreios no pátio da escola se tornarão ainda mais agradáveis e prazerosos.

Fonte: http://esperantaretradio.blogspot.com - 27-10-2018